O Brasil precisa urgentemente estabelecer uma autoridade de cibersegurança, segundo um novo relatório aprovado na Comissão de Relações Exteriores. O documento, elaborado pelo senador Esperidião Amin, destaca o aumento dos crimes cibernéticos no país e menciona a fragmentação da responsabilidade pela segurança digital, distribuída entre várias agências.

Amin pediu ao Executivo que envie um projeto de lei para definir a atuação dessa autoridade o mais rápido possível. Ele se baseia em estudos, incluindo um do Banco Internacional de Desenvolvimento, que apontam a importância da coordenação entre os setores público, privado e de defesa em iniciativas de segurança cibernética.

O relatório também ressalta a falta de uma organização centralizada para guiar as atividades cibernéticas no Brasil, incluindo uma auditoria do Tribunal de Contas da União. Segundo o ministro Benjamin Zymler, isso pode gerar desigualdade cibernética no país.

Além disso, o senador propôs aprender com a experiência dos Estados Unidos, citando uma parceria pública-privada que tem se mostrado eficiente. O texto enfatiza que os crimes cibernéticos impactam não apenas a segurança nacional, mas também a privacidade e a economia. A colaboração com outros países da América Latina na investigação de cibercrimes também foi destacada como uma prioridade.